Preocupados com o pormenor do Cristiano Ronaldo andar triste, esquecemos o essencial: o que este governo nos anda a fazer. E vai continuar a fazer.
Como cantava o José Afonso é preciso ir para rua gritar, não apenas os lamentos nos corredores do supermercado, à mesa do café do bairro.
Nas últimas manifestações, contra as políticas do governo, estiveram milhares de pessoas, deviam ter estado mutos mais milhares.
Devíamos estar todos.
Os que sentem na pele o desastre que este governo é, o desastre das políticas da troika.
Porque nessas manifestações só não há lugar para os filhos da mãe.
Estou farto de lições de economia, estou farto de mercados, estou farto de tudo o que transformou a sobrevivência dos portuguese num pesadelo.
E notem que podemos ir para a rua protestar e continuar a gostar do Cristiano Ronaldo.
Não podemos é apenas nos preocuparmos com o Cristiano Ronaldo.
O que eles queram é futebol, dizia a ditadura do botas de Santa Comba.
Sim, gostamos de futebol mas prezamos, acima de tudo, a dignidade de uma vida que nos querem sonegar, de uma liberdade, deitar abaixo o que levantámos, pela qual, tantos lutaram e muitos morreram.
Lê-se, hoje, no Público on-line:
O primeiro-ministro vai anunciar às 19h15 desta sexta-feira novas medidas de austeridade destinadas a equilibrar as contas públicas, avançou esta tarde o Jornal de Negócios.
Também a RTP noticiou que Passos Coelho anunciar, a meia-hora do jogo da selecção portuguesa de futebol com o Luxemburgo, novas medidas de austeridade numa declaração ao país.
O recorte que encima o texto, nem três meses tem.
Que por esse poder, extensível aos amigalhaços, de tudo são capazes.
Mas fomos nós que os elegemos.
Teremos que ser nós a pô-los na rua.
Já!
Amanhã é tarde!
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