Fica bem ao político da «lavoura» ...
... querer sol na eira
e chuva no nabal.
Desculpem lá, não quero parecer mais esperto do que outros, mas há alguma coisa mal contada nesta história da «crise» Portas-Passos Coelho ou PP-PSD.
Com efeito, se como está publicamente assumido, Portas foi informado e manifestou discordância porque é que deixou seguir o anúncio das medidas e criou depois esta encenação com alguns laivos de suspense e dramatismo ?
É que teria sido muito mais natural e eficaz que Paulo Portas tivesse dito a Passos Coelho: «Desculpe, Pedro, mas dada a minha profunda discordância com estas medidas e considerando a sua extrema gravidade, reclamo, como ministro de Estado e em nome do segundo partido da coligação, que o seu anúncio destas medidas seja adiado oito dias para as podermos discutir aturadamente e ponderar eventuais alternativas».
Vítor Dias em O Tempo das Cerejas 2
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