Pela entrevista que Maria Ondina Braga deu à revista Ler, ficámos a saber dos maus tratos que os
seus livros, ela própria, mereceram dos editores que lhe calharam em (des)sorte.
Traduções mal
pagas, outras nem pagas foram e pelas reedições dos livros que traduziu (Erskine
Caldwell, Herbert Marcuse, Pearl S. Buck, Graham Greene, Bertrand Russell, John
Le Carré, Anais Nin, Tzvetan Todorov, entre outros) nem um tostão.
Lembremos
Joaquim Figueiredo Magalhães, um editor exemplar.
Numa entrevista
a Catarina Portas, Público, 1 de Dezembro de 2008, falou dos seus
tradutores:
Escolhi escritores como tradutores porque eram homens
que sabiam português. É que se eu quisesse alguém que soubesse línguas,
entregava as traduções ao porteiro do Avenida Palace que sabia oito idiomas, só
não sabia era português. Mas também preferia os escritores porque gostavam do
que traduziam, traduziam por gosto.
Catarina Portas
adianta que Figueiredo Magalhães pagava bem as traduções não se esquecendo de,
em cada reedição, enviar um cheque, tanto a tradutores como capistas, no valor
de um terço dos honorários iniciais.
Todos os
escritores necessitam de um bom editor.
Razão de sobejo
tinha Maria Ondina Braga para dizer que a sua sorte tinha sido bem fraca.
Entendem-se bem
as razões por que alguns autores, José Saramago à cabeça, abandonaram a LEYA.
Eles não gostam
de livros.
Adoram cifrões!
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