sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

NOTÍCIAS DO CIRCO


Anos e anos de catequese, nos domingos da TVI, fizeram de Marcelo Rebelo de Sousa um personagem que todo o país conhece e, grande parte, parece disposto a dar-lhe o seu voto nas eleições presidenciais.

Impossível que não tivesse criado simpatias.

As sondagens indicam que vencerá logo na primeira volta.

Marcelo Rebelo de Sousa não é o presidente que os portugueses precisam.

Pedro Passos Coelho, não o dizendo claramente, chamou-lhe catavento.

O candidato comunista Edgar Silva, muito claramente e com apurado sentido de humor, disse que o país não precisa de um Cavaco Silva a cores.

Alguém classificou-o como um Cavaco que ri.

Marcelo gosta de estar bem com Deus e com o Diabo.

Capaz de dizer uma coisa agora e o seu contrário tempos depois.

Marcelo Rebelo de Sousa não gosta de contraditório e espalha-se cada vez que o interpelam sobre determinados assuntos.

Como ficou provado nos debates televisivos com Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém.

Que não é bem a mesma coisa de, dominicalmente, estar à conversa com uma Judite de Sousa sorridente, veneranda e obrigada.

Ontem, em Coimbra, no comício de campanha de Marisa Matias, João Semedo, ex-dirigente do Bloco de Esquerda, asseverou:

Ninguém escolhe o pai ou a mãe. Marcelo não tem culpa de ter tido o pai apoiante do fascista Salazar mas também é verdade que a culpa de Marcelo ter sido apoiante do fascista Marcelo Caetano não é do pai de Marcelo.

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