Diz a sabedoria
popular que entre dois males, é melhor morrer de bêbado do que morrer de sede.
Ou como diria
Baptista-Bastos: a bebida facilita o movimento dos mecanismos da
cordialidade.
A mexer em
papelada velho dei com uma receita de Irish Cream que, afiançaram-me é a
verdadeira… a legítima.
Pelo menos é melhor
que essas mistelas que nos impingem nos supers, com nomes como carolans,
baileys.
Resolvi
partilhá-la:
3 ovos
¼ litro de natas
1 lata de leite
condensado
2 colheres de
chá de Nescafé
½ colher de
essência de coco
2 colheres de
chá de chocolate em pó.
1 ½ chávena de
whisky
Misturar tudo
muito bem num copo misturador e engarrafar.
Nunca beba
sozinho se pode beber acompanhado.
O radialista
Mário Dias, há muitos anos na TSF, dizia numa recente entrevista que
ir sozinho para
os copos já não lhe agrada.
Depois de montes de anos a beber copos sozinho ou mal
acompanhado, fui mudando.
Chame alguém.
Ponha a rodar um
disco dos Pogues, ou Chiefatians, Van Morrison, ou por-aí-fora-irlandesmente-falando.
Por fim:
Ame os fumadores
e adore os ébrios.
Não esqueça que
não será feliz enquanto não possuir todos os vícios.
E recorde aquele diálogo entre o Frank Sinatra
e a Kim Novak no filme O Querido Joey:
Frank: porque é que as pessoas bebem tanto se no dia
seguinte é tão mau?
Kim: É porque é tão bom na noite anterior.
Já andamos às
voltas com este 2016.
Afigura-se,
apenas isso, não tão complicado como o de 2015.
Nestas coisas, é
sempre bom colocar fasquia baixa.
No meio da
borrasca, qualquer salpico de sol é um bem inultrapassável.
Convém não
esquecer que não conseguimos fazer da vida mais do pouco que ela é.
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