Em redor da falta de iniciativas infantis que os jovens hoje enfrentam
Havia
em casa do meu pai, uma boa série de livros, tanto do meu avô como do meu pai,
o começo daquilo a que, hoje, chamo a Biblioteca da Casa.
Tirando
o tempo de jogar à bola na rua, passei tardes a ler livros ao acaso que ia
tirando das ainda pequenas prateleiras. A esmagadora maioria dos livros
desbravados foram abandonados por não entender patavina do que por lá, ainda
mal, lia.
A
leitura que agora fiz do livro do Rui Cardoso Martins, E se Eu Gostasse Muito de Morrer, levou-me a deparar que o autor encontra, uma ocupação dos
miúdos da terra dos suicidas, num prédio em construção. Leia-se:
«Quando estava em
caboucos, uns miúdos da primária foram para lá jogar à batota e deitaram-lhe
fogo, por piada, aborrecidos com a falta de iniciativas infantis, mas a casa
fez-se. As crianças voltaram e pintaram suásticas no muro.»
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