quarta-feira, 13 de junho de 2012

BOLAS PR'O PINHAL!


Lá para o fim da tarde se saberá se Portugal conseguiu vencer a Dinamarca e reúne condições para passar à fase seguinte do Euro.

Não importa que uma pseudo-intelectual, assim a atirar para o marado, de seu nome Filomena Mónica, diga que Sócrates, às vezes acerta em qualquer coisinha, foi um delinquente político ,o pior exemplo que jamais, na História de Portugal, foi dado ao país: ir para Paris tirar um curso de “sciences po”, depois daquela malograda licenciatura – à qual não dou a menor importância, pois há muitos excelentes políticos que não são licenciados. O engenheiro Sócrates foi o pior que a política pode produzir. Depois de tantos processos em que mentiu, aldrabou, não depôs, ninguém percebeu o que se passou com o Freeport, os portugueses perguntam-se onde foi ele buscar dinheiro para estar em Paris. Quem é que lhe paga as despesas e o curso?, que a OCDE recomende que a idade de reforma vá para lá dos 67 anos e que se incentivem as pensões privadas, mesmo com carácter obrigatório,  que a mesma OCDE estime que em 2013 – não será antes? -  chegaremos aos 16% de desempregados .

Não importa nada.

O que importa saber é se o mister vai pôr o Nelson Oliveira a jogar de início em lugar dos dois toscos que tem para aquele lugar, ou um outro qualquer passe de mágica que possibilite um milagre.

A nação está suspensa, os corações palpitam:

Vamos Portugal!

Samuel,  o cantigueiro vai mais longe:

Por estes dias, poucas coisas há que consigam sobressaltar o rebanho.

Pouco ou nada interessa (ao rebanho) que o desemprego continue a subir, empresas a falir, serviços públicos a fechar.

Pouco ou nada interessa (ao rebanho) que Rui Rio, o protofascista disfarçado de populista de tasca e presidente da Câmara do Porto, proponha que nas autarquias endividadas deixe de haver eleições, passando o poder local para uma comissão não sei das quantas, nomeada por não se sabe bem quem.

De pouco ou nada interessa (ao rebanho) que muitos milhares de portugueses gritem alto e bom som que não querem pactuar com o crime continuado de que o país está a ser vítima.
O rebanho não se deixa impressionar. O rebanho está absolutamente concentrado no “essencial”: a bola. Bola e mais bola e ainda... bola.

O rebanho é preguiçoso. Não gosta de pensar... e o verde dos relvados dos estádios é o que tem de mais parecido com o pasto que já lhe vai faltando. Os media fazem (e alimentam) a vontade do rebanho, abrindo, fechando e preenchendo serviços noticiosos de rádios, televisões e jornais, com bola. Bola e mais bola.

Ou como, desesperadamente, disse o escritor Mário de Carvalho:

Conformo-me. O pagode gosta de bola, quer bola? Pois dêem-lhe bola!

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