sexta-feira, 29 de junho de 2012

QUOTIDIANOS


Apenas dizem o essencial.
Nunca falam sem pensar e, sabe-se então, que poupar as palavras é sábia filosofia.
Esta poderia ser uma velha história passada com alentejanos, que as há semelhantes.
Mas não.
Esta é contada por Walter Benjamim, no preâmbulo do livro de Robert Walser , Gata Borralheira; Branca de Neve; A Bela Adormecida e que, com toda a certeza, nem sabia onde ficava o Alentejo.

Um dia Arnold Bocklin, seu filho Carlo e Gottfried Keller estavam na taberna, como habitualmente. As suas libações eram conhecidas desde longa data pelo carácter fechado e taciturno dos convivas: uma vez mais encontravam-se calados. Após um longo momento o jovem Bocklin observou: “Está calor”, e um quarto de hora depois, o velho: “Há falta de ar.” Keller, pelo seu lado, esperou um momento; a seguir levantou-se, proferindo as seguintes palavras: “Não quero beber com gente tão palradora.

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