- Lá fora apagaste a luz, amor?
- Apaguei.
- E fechaste o gás, meu amor?
- Sim , fechei.
- Mas há uma porta que range... Tinha de ser...
- Eu vou fechá-la, amor, eu vou já ver. Era a porta da varanda. Abria-a de para em par. A fresca noite entrou. É noite. É Junho, amor, e estamos vivos. E não estamos sòzinhos. Oh, esta alegria de não estarmos sós.
Isabel da Nóbrega em Viver com os Outros, Portugália Editora, Lisboa Outubro 1965.
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