No dia 11 de Junho, quando começou o Campeonato do Mundo de 2010, na África do Sul, comecei a mandar bolas pr’o pinhal!
Faço agora uma revisitação desse texto:
Gosto de futebol.
Gosto do Benfica.
A Selecção Nacional diz-me pouco, ou quase nada. Não sou dado a patrioteirismos e
lamento imenso não poder acompanhar a onda da selecção.
lamento imenso não poder acompanhar a onda da selecção.
Tenho 65 anos, não me sinto infeliz, indignado, perplexo com muita coisa sim, mas isso não conduzirá a pôr-me a gritar à janela por “Portugal”.
Desculpem lá.
Quando foi do Mundial de 66 fiquei a saber que nunca mais veria nada como o que então vi, mesmo parecido. A televisão a preto e branco, aquele Portugal-Coreia do Norte, o tempo em que o “marketink” não era a alarvidade que hoje é, descaracterizando o futebol ao ponto não mais ser o que foi e de que aprendi, em miúdo, a gostar.
A ferocidade do “marketing”, o vale tudo, tem vindo a transformar o futebol, não num espectáculo, uma festa, mas numa indústria que apenas serve para encher os bolsos a uma quantidade, muito avantajada, de parasitas e alarves.
Anos atrás afligi-me com o facto de, por causa da selecção, o Sr. Scolari ter encharcado este povo de crenças e devoções e, pensei, que, depois dele, nada pior poderia acontecer.
Ingenuamente esqueci-me de Mr. Carlos Queiroz. Hélas!
Não é uma atitude ruidosa e folclórica, mas é um sorriso e uma maneira de estar que, tal como Scolari, me coloca no limiar do vómito.
Enquanto durar o Mundial, colocarei por aqui uns dispersos sobre futebol ou que à volta dele andam.
Serão as bolas que mandarei pr’o pinhal!
Legenda:
Este EP da Estúdio, com canções interpretadas pelo Conjunto de Mário Simões e Conjunto Sem Nome, foi um tributo a Eusébio, duas vezes Bota de Ouro.
O disco não tem data de gravação, mas deverá ser do ano de 1973, quando Eusébio ganhou a sua segunda Bota de Ouro.
O disco foi descoberto pela Aida, nas suas idas semanais, ao Boteco.
1 comentário:
Subscrevo!
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