sábado, 2 de junho de 2012

JANELA DO DIA


1.

Correu mal o ensaio geral para o Euro 2008 que, dentro de dias, começa na Polónia e na Ucrânia.

Esta noite Portugal perdeu com os turcos por 3 bolas a 1.

Da euforia passamos à depressão.

Um filme já visto milhares de vezes.

Na próxima segunda-feira, antes da partida, a comitiva portuguesa será rcebida, em Belém, por Cavaco Silva.
Oferecerão a Sua Excelência a camisola nº12 que não deixará de pedir a técnicos e jogadores que honrem a raça.

Mas é outro o campeonato que não podemos perder e será bom que não nos façam distrair dessa luta.

2.

O recorte pertence ao Diário de Notícias de hoje:

João Rendeiro, fundador do Banco Privado Português, criou offshores para manipular resultados e pagar aos seus colegas administradores. É acusado de 12 contra-ordenações.

Estas offshores serviram para enganar o o Banco de Portugal e maquilhar resultados financeiros da instituição. Quando os investimentos que promovia geravam prejuízos consideráveis para o BPP, o buraco era escondido nas contas dos clientes, segundo o Correio da Manhã.

Manuel Carvalho da Silva, hoje, no Jornal de Notícias:

O povo português, como outros povos europeus, vive submetido a processos de agiotagem cada vez mais refinados e, em Portugal, o conto do vigário tornou-se prática da governação económica e política. Os portugueses foram convidados a fazerem de conta que eram ricos e embalados em falsas festas de modernidade, autênticas cortinas de fumo que escondiam negociatas e fraudes monumentais. Depois, passaram a ser acusados de irresponsáveis e de terem andado a viver acima das suas possibilidades.

O autor do livro O Banco -- Como o Goldman Sachs dirige o mundo. Marc Roche disse à Lusa que as causas da crise deviam ser julgadas em tribunal porque a opinião pública está revoltada com as imoralidades cometidas pelas instituições financeiras.

A opinião pública sente-se enganada e pressionada pela austeridade imposta, em parte, para pagar os erros da banca e ainda nenhum banqueiro pagou pelos erros. Quando ponho a questão aos banqueiros eles respondem que a imoralidade e a falta de ética não são crime. Por isso, às vezes, calcam o risco amarelo da imoralidade mas não ultrapassam a linha vermelha da legalidade. Temos de começar a pensar em julgar a imoralidade,

3.

O  ex-presidente  do Egipto Hosni Mubarak foi condenado, a prisão perpétua pela morte de 850 manifestantes nos protestos que o derrubaram no ano passado, anunciou o juiz do tribunal que está a julgá-lo desde agosto.

Ao chegar à prisão, Mubarak sofreu um ataque cardíaco.

Em Maio passado, realizaram-se as primeiras eleições livres da história do Egipto.

Em meados de Junho, os egipcios, numa segunda volta das eleições, terão que escolher entre um fanático religiosos e um general na reserva.

Pior cenário não poderia acontecer.

As primaveras nem sempre são luminosas e, por vezes, são tardias.

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