Ninguém com responsabilidades olhou para as notícias, os
indícios sucessivos de problemas e, a certa altura, para o que era óbvio:
Ricardo Salgado não era idóneo para estar à frente de um banco. Se for preciso
apontar uma data para essa demonstração cabal, aqui vai ela: 17 de Janeiro
2013. Nesse dia o i noticiou que o banqueiro tinha rectificado o seu IRS em 8,5
milhões de euros, alegando depois esquecimento. Podia-se ter tomado uma
atitude, antes ou depois, em relação a Salgado a pretexto de muitos casos, mas
esse era mais que suficiente e foi mais que comentado. Foi até explicitamente
documentado. Nada se fez, a pretexto de que a rectificação eliminava o ilícito.
Ora o que serve para um cidadão normal pode não servir para um banqueiro.
Deixando o banqueiro e indo ao banco, há que voltar à questão de saber como foi possível que nenhum mecanismo tivesse actuado, evitando a sucessão de acções que acabaram num desvario que levou o BES ao charco.
Deixando o banqueiro e indo ao banco, há que voltar à questão de saber como foi possível que nenhum mecanismo tivesse actuado, evitando a sucessão de acções que acabaram num desvario que levou o BES ao charco.
Eduardo
Oliveira Silva no I
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