Na
Casa de Julho e Agosto
Maria
Gabriela Llansol
Posfácio:
João Barrento
Capa:
Fernando Mateus
Relógio
d’Água Editores, Lisboa, Setembro de 2003
Manuscrito
após manuscrito, dia após dia, separações consecutivas do que amamos,
aproxima-se
o inverno; não há nenhuma nostalgia com seu gelado paraíso, que não sobrevenha;
Alisubbo, que já trocou o convento das madres pela sua horta, adoeceu no meio
de seus frutos outonais. Eu sinto-me para além do frio mas percorrida por ele;
devo deixar Antuérpia na próxima embarcação que sair do porto destinada à
Mesopotâmia. O que vos contei sobre o Tigre e o Eufrates era sonho, que no
sonho preparamos a vida, mas agora terei de sobreviver ao sonho e fazer surgir
o rio real.
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