Esta secção nasceu com o propósito de ser semanal, mas nunca conseguimos seguir esse propósito. Resta apresentar os necessários pedidos de desculpa.
De
Donald Trump há que esperar tudo, mais alguma coisa e ainda a procissão vai no adro.
Como
um país, como a América, consegue colocar um louco a governá-lo, é algo que
ultrapassa todos os limites da incompreensão, dizer ainda dos milhões de
admiradores que ele tem pelo vasto mundo, do qual Portugal não escapa.
O
discurso que Trump proferiu esta semana nas ONU, está repleto de ameaças e lá
vieram os imigrantes - «é tempo de
acabar de com a experiência falhada das fronteiras abertas. Têm de acabar com
isso agora. Posso dizer-vos que sou muito bom nestas coisas. Os vossos países
vão para o inferno».
Mas
o mais surpreendente foi ouvi-lo
lamentar-se de que em tempos, foi preterido como empreiteiro num concurso para
a renovação do edifício das Nações Unidas.
1.
Os preços das
casas em Portugal Continental subiram 21,6% em Agosto face a igual período do
ano passado. Há quase 40 anos que não se verificava uma subida tão acentuada em
Portugal.
2.
João Ferreira da
CDU, apresenta-se como o mais bem preparado candidato à Câmara Municipal de
Lisboa.
«Carlos Moedas e Alexandra Leitão, candidatos à Câmara
Municipal de Lisboa estavam mesmo convencidos de que iam ser favas
contadas. Quando já estava decretada a corrida a dois, um desastre:
os confortáveis debates frente a frente, apenas um contra o outro (tão ao gosto
dos nossos comentadores do espectáculo político), foram travados
pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social , que repôs a
justiça (e a lei) e forçou a comunicação social a incluir todas
a forças políticas com vereadores eleitos na autarquia – sendo a CDU
a única candidatura excluída.
Nem mesmo a opção absurda de incluir o Chega (sem que nenhum critério o justificasse) alterou o resultado dos dois primeiros debates (na SIC e no Observador): «Ferreira venceu. Moedas pouco melhor que Leitão», declarou o Observador («João Ferreira ganha de novo e Leitão perde para Moedas», repetiram dias mais tarde); «Com Moedas à defesa, João Ferreira impôs-se no debate de Lisboa e levou Alexandra Leitão ao prolongamento», concluiu o Expresso; o podcast da equipa de política do Público é peremptório no título escolhido – «A vitória de João Ferreira».
Lido em Abril,
Abril
3.
«Um genocídio na Palestina, guerra na Ucrânia, tensão
nos EUA e entre os EUA e Venezuela, autárquicas à porta... mas a televisão pública
dedica os primeiros 22 minutos do Jornal da Tarde à mudança de treinador no
Benfica. E está a repetir a desgraça no Telejornal. Isto não é apenas doentio,
é indecoroso. É a miséria em que estamos metidos».
Lido no blogue Antologia do Esquecimento
4.
Os dirigentes
das principais universidades do país e dois dos mais prestigiados investigadores
nacionais arrasam a extinção da Fundação para a Ciência e Tecnologia, a medida
do governo é radical, não tem fundamento e compromete a ciência.
5.
«De acordo com dados da empresa, há quatro concelhos
sem pontos de venda de imprensa; cerca de duas dezenas só com um; 61% das
freguesias, onde residem 19% do portuguesas não têm pontos de venda de jornais.
Com exceção para a Grande Lisboa e Grande Porto, Setúbal, Coimbra e Braga, o
resto do país tem rentabilidade negativa.
Sem leitura, aumenta a dependência das redes sociais
como fonte primária de informação. Ora, sabemos bem como essas plataformas são
terreno fértil para teorias da conspiração e manipulações. A ausência de
informação profissional e verificada deixa o espaço público vulnerável.
Ler continua a ser um ato político, no sentido mais nobre do termo. Ler amplia horizontes, combate preconceitos e fortalece a cidadania. Mas para que isso seja possível é necessário que o Governo assuma a sua responsabilidade: garantir que a imprensa chega a todo o território, apoiar uma rede de distribuição que não pode ser deixada ao abandono, e reforçar políticas públicas que promovam a leitura desde cedo e ao longo da vida.»
Do editorial de
Valentina Marcelino no Diário de Notícias de 23 de Setembro
6.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, cada português desperdiça por ano 182,7 quilos de alimentos, e os dados de 2023 indicam que nesse ano desperdiçaram-se no país 1,9 milhões de toneladas de alimentos, sendo 66,8% desse desperdício atribuídos às famílias.
7.
Também uma frase do poeta e editor Paulo da Costa Domingos:
«É cada vez mais nos livros velhos que devemos buscar
as verdades novas.»

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