EM BUSCA DE FLORES AZUIS NO DESERTO
«E,
depois, temos a nossa história com H grande, que os “traidores” que “gostam” da
imigração querem apagar. Ai é? Santa ignorância. E os “nossos indostânicos”?
Lembram-se do Estado Português da Índia, Goa, Damão e Diu? Era habitado por
quem? E também trouxemos de lá “indostânicos”, verdade seja que da elite e das
castas superiores brâmanes. E a outra colónia, Moçambique, onde havia uma
população muçulmana que as autoridades coloniais queriam do seu lado contra os
“turras”? O governador Baltazar Rebelo de Sousa escreveu uma carta com todo o
jargão islâmico aos “portugueses” muçulmanos de Moçambique. Lembram-se, no CDS,
de Narana Coissoró e, no PSD, de Correia Afonso e, nos partidos da esquerda, de
Xencora Camotim? Não lembram, como na Alemanha nazi se varreram muitos judeus
com contribuições fundamentais para a cultura alemã.
Não lembram porque a sua visão saudosista do império feito mito, que exclui,
não os ajuda sequer a perceber que nos empobrecem, nos tornam menores,
mesquinhos e violentos. Como nos anos trinta do século passado.»
José
Pacheco Pereira no Público de hoje.
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