sábado, 13 de setembro de 2025

MÚSICA PELA MANHÃ


Na sua habitual crónica no Público, a de 21 de Agosto de 2025, Nuno Pacheco levou-nos até tempos antigos, não vividos por muitos, esquecidos por outros, lembrados – sempre! – por aqueles que não querem o silêncio.

«No dia em que armas e cravos por aqui se cruzaram em festiva euforia, Portugal estava “entalado” entre ditaduras: por terra, a da vizinha Espanha, que ainda duraria até à morte de Franco, em Novembro de 1975; por mar, do outro lado do Atlântico, a do Brasil, que só terminaria em 1985, após um abrandamento da repressão militar e política em 1979.

(…)

Nestes tempos, porém, mais do que celebrações festivas, é uma velha e corrosiva canção catalã que nos vem à memória. Ainda não deixou de animar plateias (fê-lo em Portugal, nos idos de 74) e promete continuar. Escreveu-a Pi de la Serra e intitula-se Si els fills de puta volessin no veuríem mai el sol. Dispensa traduções e não perdeu a actualidade.»

No velho Coliseu o grito que Pi de la Serra largou, ainda hoje tem toda a justificação.

Se os filhos da puta voassem nunca mais veríamos o sol.

É esse grito que hoje recordamos.

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