Na
sua habitual crónica no Público,
a de 21 de Agosto de 2025, Nuno Pacheco levou-nos até tempos antigos,
não vividos por muitos, esquecidos por outros, lembrados – sempre! – por
aqueles que não querem o silêncio.
«No dia em que armas e
cravos por aqui se cruzaram em festiva euforia, Portugal estava “entalado”
entre ditaduras: por terra, a da vizinha Espanha, que ainda duraria até à morte
de Franco, em Novembro de 1975; por mar, do outro lado do Atlântico, a do
Brasil, que só terminaria em 1985, após um abrandamento da repressão militar e
política em 1979.
(…)
Nestes tempos, porém,
mais do que celebrações festivas, é uma velha e corrosiva canção catalã que nos
vem à memória. Ainda não deixou de animar plateias (fê-lo em Portugal, nos idos
de 74) e promete continuar. Escreveu-a Pi de la Serra e intitula-se Si els fills de puta
volessin no veuríem mai el sol.
Dispensa traduções e não perdeu a actualidade.»
No
velho Coliseu o grito que Pi de la Serra largou, ainda hoje tem toda a
justificação.
Se os filhos da puta
voassem nunca mais veríamos o sol.
É
esse grito que hoje recordamos.

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