quarta-feira, 15 de setembro de 2010

OLHARES

Praia do Magoito, hoje, pelas 10,30 duma manhã chuvosa e rodeada pelo cinzento do tal microclima que, amiúde, assola a região, que vem lá da Foz do Arelho e se estende até ao Cabo da Roca.

A praia não tem gente, e apenas dois sufistas se divertem com as ondas, apesar do mar, como eles gostam de dizer estar “flat”.

O lento entardecer do Verão. Não tardam as mães vivas.

O areal encher-se-á, então, dos mais diversos objectos e de pedaços de madeira, trazidos pelas marés, quais destroços de um qualquer barco que naufragou, delírio de quem viu filmes e leu livros a mais.

Alguma mensagem numa garrafa?

As praias no Outono, as praias no Inverno, as melhores praias, digo eu, agora que as de Verão se vão despedindo, já sem celebridades fúteis ou os horrorosos-acapachados-dos-chefes-de-gabinete-das-excelências-do-país e, em fundo começam a distinguir-se os sons das guitarras dos “Les Chats Sauvages”.



O Sol bem tentou romper a neblina sem o ter conseguido.

Voltará amanhã, para uma nova corrida, uma outra viagem.

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