quinta-feira, 2 de setembro de 2010
OS CLÁSSICOS DO MEU PAI
Quando iniciei “Os Clássicos do Meu Pai”, fui dizendo que, para além da Música Clássica, as canções napolitanas, música francesa, música da América Latina, estavam dentro das suas músicas favoritos.
Gostava imenso de Edith Piaf.
Lembro-me que o primeiro disco que comprou da Diva, era um EP que tinha “Padam, Padam”. O disco perdeu-se num qualquer lapso de tempo.
Era três anos mais novo que o “pardal” e admirava-lhe, para além das canções, a boémia, o gosto e a luta pelos simples, os falhados, os humildes, a resistência, no fundo, os conceitos, as ideias da Revolução Francesa.
Neste disco estão as canções da Edith PIaf de que mais gostava. Faltam “Padam, Padam" e “Non, Je Ne Regrette Rien”, para existir a cereja no topo do bolo.
Ambos tiveram uma infância difícil e seguiu-lhe os passos, as canções, os amores e desamores. Nunca perdoou o que Yves Montand fez à Piaf, ele que também gostava de Montand.
Lembro-me o quanto a morte de Edith Piaf o entristeceu.
Considerava-a uma lutadora, e por si terá pensado que gente desta nunca morre – “La mort, ça n’existe pas”.
Nessa noite a garrafa de “Johnny Walker”, rótulo vermelho, ficou vazia, ele que nunca terminava as garrafas.
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