sábado, 25 de setembro de 2010

POSTAIS SEM SELO


Agora mesmo uma rapariga, com jeito de rodopio alegre, estacou  de súbito perto do marco do correio, onde, a ondear o braço, enfiou uma carta. Depois, a sorrir sem motivo, senão o de haver sol, desatou a corre pela rua fora…
Parei a vê-la e a dizer, de mim para mim, aposto que vai voar… que vai pairar por cima dos telhados… agarrada a uma pena de leveza azul… Aposto…

José Gomes Ferreira em “Dias Comuns”, 1º volume, “Publicações Dom Quixote”, Lisboa 1990.

Legenda: Marco do Correio em Vouzela.

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