O Governo poderá ser obrigado a avançar com medidas adicionais de controlo da despesa pública antes do final do ano para assegurar que as metas do défice são cumpridas. O cenário é admitido pelo secretário de Estado do Orçamento, Emanuel dos Santos, que diz que o Executivo fará tudo o considere necessário para cumprir os seus objectivos.
Face a uma situação que parece cada vez mais provável, Francisco Murteira Nabo, bastonário da Ordem dos Economistas, sublinhou que, caso o Governo se veja obrigado a avançar com novas medidas de austeridade, "a não distribuição do subsídio de Natal é a medida que parece ser a mais eficaz e com efeitos imediatos" nas contas do Estado.
Daniel Oliveira no “Expresso Online”
"Se não houver 13º mês Novembro e Dezembro, os meses que podem dar algum desafogo ao pequeno e grande comércio, vão ser uma tragédia. Se forem uma tragédia as grandes superfícies vão despedir e muito do pequeno comércio vão fechar as portas. Novos desempregados vão-se juntar aos muitos que por aí andam. Não vão pagar impostos e as receitas do Estado diminuem. As receitas do Estado diminuem e o défice aumenta. O défice aumenta e o problema do endividamento público agrava-se.
A solução que se procura não resolve nenhum problema: nem o do emprego, nem o do endividamento privado, nem o do endividamento público, nem o do défice. Piora todos. Não é solução nenhuma. Decidir cortar nos rendimentos disponível quando o nosso grande problema é a falta de crescimento é apenas um tiro na cabeça."
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