1.
Saíu hoje para as livrarias Clarabóia, o romance que José Saramago escreveu em 1948, e que só agora, por vontade expressa do autor, é publicado.
Pode por lá ler-se:
Amanhã, não sei o que serei. Talvez desempregado. Não seria a primeira vez… Ignoro se sabe o que é estar sem trabalho, sem dinheiro e sem casa. Eu sei.
A velha história da luta de classes, ou como diria o João César Monteiro - vem no Marx, filho!
2.
O corte dos subsídios de Natal e de férias a funcionários públicos e pensionistas que ganhem mais de mil euros não chega para cobrir o buraco do Banco Português de Negócios que, segundo o primeiro-ministro, acaba de engordar 350 milhões de euros.
O nosso dinheiro para tapar os buracos de banqueiros, da Madeira, de sei lá mais o quê.
A este estado chegámos pela promiscuidade entre governantes, políticos, deputados, autarcas, banqueiros, empresas de construção civil, empresas imobiliárias e outros e outras e mais outros e outras.
Todos de mãos dadas, cantando e rindo, levaram o país à falência.
De onde, muito dificilmente, sairá.
3.
O Presidente da República convocou o Conselho de Estado para dia 25 de Outubro, tendo como ponto único de agenda o tema Portugal no contexto da crise da Zona Euro.
4.
Segundo o Correio da Manhã , numa altura de cortes dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas, a EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, cujo único accionista é a CP, vai gastar 237.120 euros na aquisição de 13 carros topo de gama para directores.
5.
Uma vitória sobre a Bósnia no “play-off” de qualificação para o próximo Europeu dará um prémio inferior a 30 mil euros a cada jogador, garantiu fonte da Federação Portuguesa de Futebol, refutando os 112 mil euros referidos ontem por Marcelo Rebelo de Sousa, no seu comentário na TVI.
6.
Desempregados e sem dinheiro, vários casais com filhos não têm outra alternativa senão regressar a casa dos pais e as câmaras municipais recebem cada vez mais pedidos de famílias sem meios.
De acordo com o Jornal de Notícias, o que se está a passar em bairros sociais da área do Porto é o reflexo do País.
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