A Pastelaria Suiça já
não existe.
De portas abertas
desde 1922 foi vendida a um fundo de Investimento em que o tenista espanhol
Rafael Nadal é participante.
Nunca foi uma loja
histórica da cidade.
Concorreu para o ser,
mas acabaram por desistir.
A Suiça era a sua
esplanada, voltada para o Rossio, com turistas a beber cervejas ou galões.
O dono estava cansado
e depois das últimas obras que fizeram, há uns anos, perdeu qualidades:
Ricardo Martins Pereira:
A 31 de Agosto do
passado ano, dia em que fechou portas, o presidente Marcelo foi lá jantar:
«Durante décadas, almocei e jantei aqui, desde miúdo, com a minha
família. Quando passava de ano vinha aqui almoçar ou jantar. Quando vinha a um
espetáculo vinha aqui cear. Ficávamos nestas mesas. Ou aqui ou ali», afirmou
Marcelo, às reportagens televisivas.
«Nesta mesa morreu o
meu pai, neste mesmo lugar onde eu estou a comer, há 16 anos, portanto ficámos
muito ligados e vim aqui despedir-me».
O Carlos Alberto,
amigo de infância que já não vejo há largos e largos anos, num daqueles
Primeiros de Maio que a ditadura proibia, a fugir à Polícia de Choque e aos seus
carros de tinta azul, refugiou-se dentro da Suiça.
Tinha um carinho
especial pela Suiça e, volta e meia convidava os amigos para um café e para
contar, pela enésima vez, as peripécias daquele findar de tarde de primeiro de Maio.
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