O Meu Amigo Maigret
Georges Simenon
Tradução: Mascarenhas
Barreto
Capa: Lima de Freitas
Colecção Vampiro nº
138
Livros do Brasil,
Lisboa s/d
- Estava à porta do seu estabelecimento?
- Sim, meu comissário.
Era inútil repreendê-lo. Por quatro ou cinco vezes, Maigret tentara a
dizê-lo «sr. comissário». Mas que importância tinha isso? Que importância tinha
tudo aquilo?
- Viu um carro cinzento, um «Grande sport» para por um instante e descer dele um homem, quase em andamento, não
foi isso que declarou?
- Sim, meu comissário.
- E esse tipo, para entrar na sua boite, teve de passar junto de si, chegando até a empurra-lo ligeiramente.
Ora, sobre a porta, há um letreiro luminoso a néon.
- É de cor violeta, meu comissário.
- E então?
- Então, nada.
- Lá porque o seu letreiro é violeta não pôde reconhecer o indivíduo
que, um momento depois, passando o reposteiro de veludo, despejou o revólver
sobre o seu barman?
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