Terna é a Noite
F. Scott Fitzgerald
Tradução: Cabral do
Nascimento
Capa: João da Câmara
Leme
Colecção Contemporânea
nº 31
Portugália Editora,
Lisboa, Março de 1962
Na costa aprazível da Riviera francesa, a cerca de meio caminho entre
Marselha e a fronteira italiana, fica um vasto hotel imponente, pintado de
cor-de-rosa. Várias palmeiras lhe refrescam a frontaria pesada, e diante dele
estende-se uma praiazinha deliciosa. Ainda há dez anos era pouco frequentado,
depois da debandada da clientela inglesa, mas há pouco tempo tornou-se ponto de
reunião de banhistas ilustres e elegantes, e já o rodeiam inúmeros bangalós.
Quando, porém, se inicia esta história há apenas uma dúzia de vivendas antigas,
e os seus telhados jazem como nenúfares apodrecidos no meio do pinhal denso que
vai do Hotel Gausse ou dos Estrangeiros até Cannes, a cinco milhas de distância.
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