O “Rei dos Bifes” foi pequeno, para receber todos os amigos que quiseram dar um abraço de boas-vindas ao Idílio.
O jantar encerrou com emoções, com o esplêndido trabalho que encima este muito especial Idílio em bicicleta, um bolo, (saboroso, mesmo saboroso) concebido e realizado pela Filipa, que em forma de bolo conseguiu reunir os 35.000 quilómetros da fantástica aventura do Idílio pela pan-americana, as bandeiras dos países por onde passou, os nomes das localidades, finamente escritas, assim como quem conseguiu colocar chocolate numa caneta de tinta-da-china.
Nestas ocasiões, uma palavra a mais poderá dar cabo de coisas simples e bonitas, ficções e afectos, cumplicidades silenciosas, o estarmos ao lado de alguém que até chateia de tão humilde e sincero que é, que sabe que nunca terá saudades dos sítios por onde andou, apenas lembranças, porque há sensações, como as da noite de ontem que não têm nome.
Direi apenas que dificilmente se pode conceber a ideia de que o Idílio, que tem aquele olhar que transporta o direito de ser um aventureiro em busca de algo que não tem a ver com a realidade, voltará a esse modo funcionário de viver. Pelo que não tardará muito que, no findar de um copo com os amigos, diga simplesmente vou ali e já venho e, passados uns tempos o “bacalhau de bicicleta com todos” eseja a entrar-nos pela casa dentro, proveniente de um qualquer lugar que só o Idílio sabe onde é.
O escriba ficará com o sentir que das viagens tem, que aprendeu com Céline, quando ele diz que as grandes viagens são aquelas que se fazem através da imaginação e, por tal, se dispõe a andar pelas ruas da cidade que o viu nascer, ruas com jacarandás e plátanos, por algumas terras do país, em demanda de vinhos e comidinhas, cheiros de ooentros e hortelã, praias que ainda não foram destruídas, mas, em cada dia, espantado ficará, sempre, com as viagens, os sonhos do Idílio.
1 comentário:
Tive pena de não ter podido ir dar um abraço ao Idílio e agradecer-lhe, pessoalmente, o prazer que a leitura das suas crónicas me proporcionou (e continua a proporcionar...).
Para além disso, o Homem é um Herói e eu nunca tive oportunidade de ver nenhum ao vivo...
Aguentou o calor dos desertos, o frio das altas montanhas... Suportou o vento, a chuva, a geada, as tempestades de neve, todos os perigos inerentes a estas aventuras.
E pior que tudo isso junto: vestiu, de vez em quando, uma camisola do Benfica, o que manifestamente lhe fez aumentar o risco da viagem ...!
Ficarei a aguardar ansiosamente a publicação das crónicas em livro e envio daqui um grande Abraço ao Idílio e outro ao paquete Sam, por ter compartilhado connosco esta viagem neste blogue.
Miguel
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