sexta-feira, 18 de julho de 2025

À LUPA

No longo discurso de abertura do estado da nação, Luís Montenegro, ou o escriba que designou para lhe escrever o palavreado, entendeu colocar umas buchas de cultura.

«Nós somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos», e dizendo isto, apalavrou que citava Sophia.

Rui Tavares, deputado do Livre, que tem a mania de ler livros, logo que teve oportunidade, esclareceu o parlamento que as palavras não eram de Sophia, mas de José Saramago,

precisamente nos Cadernos de Lanzarote, volume II, entrada do dia 28 de Fevereiro de 1994:

«Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir.»

Sem comentários: