No
longo discurso de abertura do estado da nação, Luís Montenegro, ou o escriba
que designou para lhe escrever o palavreado, entendeu colocar umas buchas de cultura.
«Nós somos a memória
que temos e a responsabilidade que assumimos», e dizendo isto,
apalavrou que citava Sophia.
Rui
Tavares, deputado do Livre, que tem a mania de ler livros, logo que teve
oportunidade, esclareceu o parlamento que as palavras não eram de Sophia, mas
de José Saramago,
precisamente
nos Cadernos de Lanzarote, volume II, entrada do dia 28 de
Fevereiro de 1994:
«Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir.»

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