segunda-feira, 21 de julho de 2025

OLHAR AS CAPAS


Vértice

Nº 473-475  Julho- Dezembro  1986

Homenagem a José Gomes Ferreira após a sua morte.

Colaboração.

António Ramos Rosa, Fernando Piteira Santos, Maria Velho da Costa, Fernando Lopes Graça, Artur Ramos, Baptista-Bastos, José Cardoso Pires, José Manuel Mendes, Mário Dionísio, Urbano Tavares Rodrigues

Capa: Armando Alves

Preço deste número: 500 escudos

Sonho, morte, frio, terra, pedras, árvores, nuvens, estrelas, astros – eis algumas das palavras que se nos deparam com mais frequência nos poemas de José Gomes ferreira. O sonho não é mais que um momento, um ímpeto que se realiza no movimento do poema e só nele, dado que o sonho é impossível total. Assim, o sonho ou o desejo, só na linguagem encontra a totalidade que o revela como possibilidade poética ou seja, como palavra que, opondo-se à negação, se afirma independentemente da lógica negativa que muitas vezes domina este discurso poético.

 

                Se eu ao menos construísse

                a casa num terreno de cristal

                que o meu olhar atravessasse

                lâmpada de água que sobe à superfície

                para a luz ter face.

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