Vértice
Nº 473-475 Julho- Dezembro 1986
Homenagem a José
Gomes Ferreira após a sua morte.
Colaboração.
António Ramos Rosa,
Fernando Piteira Santos, Maria Velho da Costa, Fernando Lopes Graça, Artur
Ramos, Baptista-Bastos, José Cardoso Pires, José Manuel Mendes, Mário Dionísio,
Urbano Tavares Rodrigues
Capa: Armando Alves
Preço deste número: 500 escudos
Sonho, morte, frio, terra, pedras, árvores, nuvens, estrelas, astros –
eis algumas das palavras que se nos deparam com mais frequência nos poemas de
José Gomes ferreira. O sonho não é mais que um momento, um ímpeto que se
realiza no movimento do poema e só nele, dado que o sonho é impossível total.
Assim, o sonho ou o desejo, só na linguagem encontra a totalidade que o revela
como possibilidade poética ou seja, como palavra que, opondo-se à negação, se
afirma independentemente da lógica negativa que muitas vezes domina este
discurso poético.
Se eu ao menos construísse
a casa num terreno de cristal
que o meu olhar atravessasse
lâmpada de água que sobe à
superfície
para a luz ter face.
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