Talvez que o
brutal e estúpido desastre de viação que vitimou dois jovens tenha um motivo
para os movimentos de dor e homenagem que se espalharam por toda a parte.
Diogo Jota
era um bom executante futebolistico, daqueles jogadores que qualquer treinador, que tenha visão específica da profissão e um grau de sentimento e cultura que
complete essa visão, gosta de ter na sua equipa. Jurgen Klopp, então treinador
do Liverpool, olhou Diogo Jota e viu que havia ali qualquer coisa e foi buscá-lo
aos Wolves para o incluir na sua equipa, uma das mais prestigiadas do mundo.
«Agora, face à terrível morte, não deixou
de dizer: « Deve haver um propósito
maior, mas não consigo vê-lo».
Diogo Jota
não era um jogador de levantar estádios, mas a emoção que a sua morte gerou,
espalhou-se largamente, mesmo naqueles que não gostam de futebol, e fez
ressaltar, dito por colegas de equipa, adversários, treinadores, dirigentes,
que era um jovem que gostava mesmo do que fazia, não se preocupava quando não
entrava de início nos jogos, nem fazia má cara quando era substituído, um rapaz
humilde, que fugia dos holofotes, que subiu a pulso nas equipas por onde andou,
daquelas pessoas que nunca se esquecem.
Morreu jovem, deixa uma enorme angústia nos familiares, principalmente nos pais, na mulher e nos seus três filhos menores. Há um vídeo arrepiante, e comovente, que o mostra, antes de um jogo em Anfield Road, a trocar bolas com o filho mais velho, com o mais novo por perto, todos com a camisola 20 do Liverpool
Os Oasis, que
até são adeptos do City, que se reuniram ao fim de 6 anos, deram um concerto em
Cardiff, e quando estão a cantar «Live Forever», projectaram nos écrans uma
imagem do Diogo Jota.
O tapete de flores, bandeiras e cachecóis, que os adeptos do Liverpool estenderam nos jardins em redor do estádio, é um reflexo da dedicação, do gosto que nutriam por Diogo Jota, um rapaz de Portugal.
Foram os ingleses que inventaram o futebol, têm um enorme respeito por
ele e chamam-lhe «The Beautiful Game.»
Não é
impunemente que os adeptos do Liverpool, tomaram uma velha canção dos anos 60, You’ll
Necer Walk Alone, composta
por Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II para o
musical da Broadway Carousel, de
1945 que, em 1956, foi adaptado ao cinema por Henry King, mas seria com a
versão de Gerry &The Pacemaker, conjunto oriundo da própria cidade, se tornaria
o hino do clube.
Nunca caminharás sozinho!


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