Retratos de Memória
Bertrand Russell
Tradução: Brenno
Silveira
Companhia Editora
Nacional, São Paulo 1958
Para aqueles que são muito jovens para se lembrar do mundo de antes de 1914, deve ser difícil imaginar o contraste existente, para um homem da minha idade, entre as lembranças infantis e o mundo dos nossos dias. Procuro, embora com êxito sofrível, acostumar-me a um mundo de de impérios que se desmoronam, comunismo, bombas atómicas, agressividade asiática e derrocada da aristocracia. Neste mundo estranho e inseguro, onde ninguém sabe se estará vivo amanhã, e em que antigos estados desaparecem como brumas matinais, não é fácil àqueles que na juventude, estavam habituados a coisas antigas e sólidas, acreditar que estão agora experimentando é uma realidade e não um pesadelo passageiro.
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