As crónicas que escrevia na penúltipla página do JL
chamava-lhes o «Homem do Leme», e é um dos 3 redactores que ainda suportam a
feitura do jornal.
Manuel Halpern escreveu no, mais que provável, último número do JL, a habitual crónica e intitulou-a com um «EM SUSPENSO»:
«No meu caso, foram 27 anos. Tempo de
profunda dedicação, sem as condições, em que o trabalho se confundiu com uma
causa. E também com uma casa. Esmero por vezes inglório de toda uma redacção
que chegou a ser uma equipa de futebol. Foram saindo jogadores. Agora
tiraram-nos a bola.
Se a publicação do JL for interrompida ou sair atrasada não é devido à greve, nem à suspensão dos contratos de trabalho, mas sim ao não pagamento de salários (entre outras dívidas). Para já fico em suspenso. Ficamos todos. Como um balão à espera que uma rajada de vento o faça voar.»

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