A Lupa desce até uma crónica que, no dia 26 de Junho, Guilherme d’Oliveira Martins, publicou no Diário de Notícias, uma crónica sobre José Rodrigues Miguéis.
Mário Dionísio disse de Miguéis: «… um dos maiores escritores de língua portuguesa dos nossos dias».
José Saramago confidencia que Léah foi a primeira obra que leu de Miguéis e não teve necessidade
de escrever que o entusiasmou.
«… ficou-me para sempre a recordação de uma
personalidade extraordinária, com uns dons oratórios fora do comum e uma
memória capaz de recriar em poucas palavras as situações mais complexas. Uma
simples conversa com ele era um presente real, dialogar com a sua brilhante
inteligência tornava mais inteligente o interlocutor. Pessoalmente, e sem
querer gabar-me por isso, aproveitei desses momentos o melhor que pude.»
José Rodrigues Miguéis era um homem sereno.
Escreveu em Páscoa Feliz que A
serenidade é a maior virtude da inteligência.
Hoje
muito poucos o leem. Não sabem mesmo o que perdem.
Sim,
sei que estou velho e tornei-me um leitor mais de releituras do que novos
autores.
Sei
que faço mal mas… há sempre um regresso à casa da Dona Genciana…
“Até que um dia, pela primeira vez ao fim de tantos anos, me atrevi a pisar a soleira daquela porta: para ver Dona Genciana. Estava uma sombra, quase irreconhecível, o cabelo todo branco e ralo, os olhos fechados.»
E como diz Guilherme d’ Oliveira no final da sua
crónica no Diário de Notícias:
«Assim se desvanecem as memórias.»
Legenda: começo e final do conto Saudades para Dona Genciana que é uma das história que podem ser lidas em Léah

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