terça-feira, 22 de julho de 2025

À LUPA


A Lupa desce até uma crónica que, no dia 26 de Junho, Guilherme d’Oliveira Martins, publicou no Diário de Notícias, uma crónica sobre José Rodrigues Miguéis.

Mário Dionísio disse de Miguéis: «… um dos maiores escritores de língua portuguesa dos nossos dias».

José Saramago confidencia que Léah foi a primeira obra que leu de Miguéis e não teve necessidade de escrever que o entusiasmou.

«… ficou-me para sempre a recordação de uma personalidade extraordinária, com uns dons oratórios fora do comum e uma memória capaz de recriar em poucas palavras as situações mais complexas. Uma simples conversa com ele era um presente real, dialogar com a sua brilhante inteligência tornava mais inteligente o interlocutor. Pessoalmente, e sem querer gabar-me por isso, aproveitei desses momentos o melhor que pude.»

José Rodrigues Miguéis era um homem sereno. 

Escreveu em Páscoa Feliz que A serenidade é a maior virtude da inteligência.

Hoje muito poucos o leem. Não sabem mesmo o que perdem.

Sim, sei que estou velho e tornei-me um leitor mais de releituras do que novos autores.

Sei que faço mal mas… há sempre um regresso à casa da Dona Genciana…

 “Até que um dia, pela primeira vez ao fim de tantos anos, me atrevi a pisar a soleira daquela porta: para ver Dona Genciana. Estava uma sombra, quase irreconhecível, o cabelo todo branco e ralo, os olhos fechados.»

E como diz Guilherme d’ Oliveira no final da sua crónica no Diário de Notícias:

«Assim se desvanecem as memórias.»


Legenda: começo e final do conto Saudades para Dona Genciana que é uma das história que podem ser lidas  em Léah

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