segunda-feira, 1 de setembro de 2025

CONVERSANDO

«Setembro. E isso é belo como um poema que não sei inventar», como dizia o Vergílio Ferreira.

Por Setembro, lembrando sempre o meu pai quando, em plenos calores estivais, dizia: «em Setembro voltamos a ser gente.»

Eugénio de Andrade conhecia Setembro pelo cheiro.

O ar ainda é quente, mas mais lá para a frente, começará a cheirar a Outono, e tardará  pouco para ir ao armário buscar uma lãzinha, talvez se encontrem uns trocos num qualquer bolso, também o entusiasmado fumo dos vendedores de castanhas a espalhar-se pela cidade.

Em Setembro, planta, colhe e cava, que é mês para tudo.

Hão-de apanhar-se as uvas e tudo ficará a cheirar a mosto.

Ramo curto, vindima longa.

Cheiros e mais cheiros.

Bom dia, Setembro.

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