Ao longo dos tempos, o meu pai foi um atento espectador das transmissões televisivas dos “Concertos para Jovens” de Leonard Bernstein, dos “Concertos Promenade”, dos “Concertos de Ano Novo.”
Dos “Concertos Promenade” gostava particularmente da última noite, onde infalivelmente, aparecem a "Marcha de Pompa e Circunstância" de Elgar, o “Rule, Britannia”, e “Jerusalem", com toda a sala a cantar em coro. Nunca conseguiu encontrar um disco, ao vivo, de uma das últimas noites dos Proms, mas ouvia, com regularidade, a “Marcha de Pompa e Circunstância”.
Lembro-me do dia em que telefonou a dizer que comprara o disco na “Discoteca Melodia” e que isso merecia uma garrafinha.
Lembro-me do dia em que telefonou a dizer que comprara o disco na “Discoteca Melodia” e que isso merecia uma garrafinha.
Comovia-se com os “Concertos de Ano Novo”, principalmente quando o maestro se dirigia ao público, na Grande Sala do Musikverein cheia de glamour e flores, e aos milhões de espectadores espalhados pelo Mundo, gritava o seu “Prosit Neujahr”, a habitual saudação de Ano Novo.
E nos anos em que, juntamente com o meu pai, vi o concerto, lá estava ele a informar que os bilhetes para o concerto do ano seguinte esgotavam logo nos primeiros dias de Janeiro.
Curiosamente, na entrevista que, em finais de Outubro, António Lobo Antunes concedeu a Ricardo Araújo Pereira, e publicada pela “Visão”, ele diz:
“Eu vejo sempre o concerto de Ano Novo, com música do Strauss, e comovo-me ate às lágrimas.”
“Eu vejo sempre o concerto de Ano Novo, com música do Strauss, e comovo-me ate às lágrimas.”
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