Em 1868, numa das suas frequentes viagens de Faro a Lisboa, Manuel Joaquim de Almeida, um nobre português do século XIX, seguiu de carruagem até Vila Real de Santo António. Aí pernoitou numa estalagem sem confortos, embarcando, na manhã seguinte, num barco que subiu o Guadiana e o haveria de deixar em Mértola, onde dormiu de novo. Depois fez dez milhas, novamente de carruagem, ao longo de uma estrada deserta. Passou a noite na Casa da Muda. Cedo de manhã, com nova parelha, segui a caminho de Beja. Em Beja apanhou o comboio para o Barreiro e ao fim desse quarto dia de viagem, chegou finalmente a Lisboa.
Se querem que vos diga não sei onde li este relato. Copiei-o, não sei bem para quê, e encontrei-o dentro de “O Despojo dos Insensatos” do Mário Ventura.
Hoje, de Faro a Lisboa a viagem faz-se em pouco mais de duas horas.
Somos mais felizes?
A comitiva portuguesa aos Jogos Olímpicos de 1952 saiu de Lisboa a 9 de Junho, no paquete “Serpa Pinto”, e chegou a Helsínquia a 16 de Junho.
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