Há símbolos que nunca saberemos como nasceram, quem decidiu que teriam de ser símbolos.
É o que acontece com os cravos que simbolizam o 25 de Abril.
Sabe-se, apenas, que de repente, os cravos surgiram nos canos das espingardas, nas roupas dos presos políticos a abandonarem Caxias.
Um gesto que fica para a história, uma flor que simboliza a liberdade, que deu nome a uma Revolução.
Passeando pelos tempos vamos dar a uma reunião camarária, em que o Presidente da Câmara de Lisboa, Krus Abecasis, proibiu o cultivo de cravos vermelhos nos viveiros municipais
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“Não sou obrigado a usar os símbolos que os outros querem, e os cravos têm pouco a ver com o que de bom trouxe o 25 de Abril.”
Não sei a data da reunião camarária.
O recorte do “Diário Popular” apenas menciona o ano: 1986.
O recorte do “Diário Popular” apenas menciona o ano: 1986.
Krus Abecasis era um saudoso daquele Portugal governado por um rei e respectiva corte, e a que o 25 de Abril pôs termo. Chegou a presidente da Câmara de Lisboa mas, sabe-se, que um argumento pertinente contra a democracia, é a possibilidade de gente, como Krus Abecasis, ocupar cargos políticos.
Alberto João Jardim - e não só!;- também é um belo exemplo.
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