erva espezinhada poeira de sal nas unhas
dedos cansados de escutar o envelhecido latejar das pedrasolhar vago rasando o mar… azulino pássaro
no vagar do vento vem abrigar-se no meu peito
e o sol queima por dentro a boca e os cabelos
escolho um nome… ofereço-to
enquanto esboço percursos na ilusão de te reencontrar
mas deparo com estas dunas tristes… aridez contínua
ao longe
figueiras bravas debruçam-se para os corpos
protegendo-os do calor… onde terminará a visão?
teço nos lábios a líquida alegria dum fabuloso peixe
ouço o marulhar das estrelas… lembras-te?
ao anoitecer
(resumo do dia:
chuviscos
breves dálias colhidas nos valados
passos hesitantes pelas águas
lenta fuga dos corpos
sombras ternas na folhagem das figueiras)
estendidos na erva para
Al Berto
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