Em Abril, em entrevista ao Diário de Notícias, Henrique Gouveia e Melo, auto-designado candidato às eleições presidenciais do próximo ano, referia que já tinha tomado uma decisão, mas deixava o anúncio para depois das legislativas.
«Se já tomei uma decisão, o que vos
posso dizer é que já. Mas só assumirei após as legislativas, porque agora é
tempo para os portugueses serem informados das diferentes propostas para a
futura governação do país. E eu não quero interferir nisso", dizia então.»
Hoje, Gouveia e Melo, em entrevista, exclusiva, à Rádio Renascença declara:
«A minha decisão é avançar com a candidatura à Presidência da República. Ela
será anunciada formalmente no dia 29 de Maio.»
Gouveia e Melo dá o dito por não dito
e entra, ruidosamente, pela campanha eleitoral dentro.
O motivo por que o fez é de uma infantilidade, uma incompetência política de bradar aos céus:
«Porque tinha de enviar pelo correio os
convites para a cerimónia do dia 29 de Maio».
Como se não houvesse outros meios,
mais rápidos, mais tudo, para enviar os convites.
Com o seu apurado sentido de humor,
Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, disse que a candidatura do ex-almirante
não era notícia nenhuma:
«A notícia seria que Gouveia e Melo
não é candidato.».
Com este deslize, e estou a ser simpático, Gouveia e Melo
revela que é um homem sem palavra, sem qualquer sentido político. Pode ter tido
um procedimento relevante durante a vacinação pandémica, méritos enquanto
militar, mas de política não percebe um chavo e parece não entender o que é ser
Presidente da República.
Agora a crer no que as sondagens
dizem, no que os comentadores televisivos das direitas papagueiam, Luís
Montenegro será de novo primeiro-ministro e Gouveia e Melo, lá para Janeiro que vem, será o novo
presidente e antevejam o que serão os novos futuros dias.
Olha que dois!
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