segunda-feira, 12 de maio de 2025

NOTÍCIAS DO CIRCO


«As responsabilidades assumidas pelo grupo Montepio para pagar um bónus a 65 membros de órgãos sociais, no activo, já reformados ou exonerados, na forma de pensão vitalícia, para o qual nenhum contribuiu ou contribuirá, já se aproximam dos 30 milhões de euros. Trata-se na prática de uma regalia oferecida pelos 610 mil mutualistas a gestores da associação, do Banco Montepio e da Montepio Valor, a maioria sem vínculo profissional ao grupo, que cria pressão adicional sobre a sua solidez e retira rendimentos aos associados que aplicam as poupanças na maior instituição da economia social do país.

Bónus vitalício no Montepio já chega a 65 gestores e custa 30 milhões
Faz alguns anos que a regra dos 5% sobre a última remuneração bruta por cada ano de trabalho, conhecida hoje no Montepio como a “pensão dourada dos gestores”, entrou em vigor. Há mais de quatro décadas. Numa época em que, tradicionalmente, os cinco executivos do grupo Montepio, eleitos em assembleia-geral, provinham do Banco de Portugal e de outras entidades públicas, já reformados. E passavam a exercer o cargo mediante uma compensação monetária que lhes era paga pela associação mutualista.»

Cristina Ferreira no Público de hoje

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