A Revolução em Ruptura
2º Volume
Coordenação:
Orlando Neves
Capa: Dorindo
Carvalho
Diabril Editora,
Lisboa, Novembro de 1975
«Fechamos hoje um período difícil da nossa revolução»,
afirmou o general Costa gomes no acto de posse do VI Governo, a que preside o
almirante Pinheiro de Azevedo. A «nossa revolução» é, no dizer do Presidente da
República, do actual Primeiro- Ministro e, mais ou menos no dizer de todos os representantes
do poder político-militar, uma revolução socialista. Ao afirmarem-no, sem
dúvida que não ignoram o sentido da
expressão: a revolução socialista objectiva-se na liquidação de todas as formas
de opressão, na liquidação da exploração do homem pelo homem. Aí se chega
através da luta de classes – e no caso da revolução socialista (oposta, por óbvio,
à revolução burguesa) com a vitória – a obtenção do poder – das classes sociais
«mais desfavorecidas» (para usar expressão cara ao MFA) que o mesmo é dizer do
proletariado urbano e rural e seus aliados. Na revolução socialista (ainda obviamente)
a substituição da classe dominada – o proletariado – é condição sine qua non para que assim se lhe
chame.»

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