Na quarta-feira, com
88 anos, morreu Dick Haskins.
De seu nome António
Andrade Albuquerque, Dick Haskins foi um autor de romances policiais com livros
traduzidos em mais de 30 países.
«Eu estava à procura do pseudónimo e gostei de um nome que vi. Era o de
um ator inglês, o Jack Hawkins, só que fiz confusão com o nome. Mais tarde é
que venho a descobrir que ele não se chamava Haskins como eu pensava, mas
Hawkins.»
Fui um apaixonado
leitor dos seus livros de bolso, publicados na Ática Editora num formato
similar aos da Colecção Vampiro.
Esses livros,
juntamente com os da Colecção XIS e Vampiro, pertenciam à biblioteca do meu
pai.
O meu pai lia mais
que um livro ao mesmo tempo, mas um era sempre um romance policial. Ainda guardo
a mala preta com que partia para férias, carregada com livros policiais.
Herdei umas boas
dezenas dos livros da Colecção Vampiro, cujas capas tenho vindo a apresentar,
principalmente as de Cândido Costa Pinto que são as de que mais gosto.
Mas às minhas mãos
não chegou qualquer dos livros de Dick Haskins.
O descaminho desses
livros tem uma explicação.
Naqueles tempos o meu
pai tinha alguns amigos que estavam presos por actividades contra a ditadura.
Os únicos livros que
deixavam entrar em Caxias eram os romances policiais, e nem todos.
Por motivos vários
muitos livros não regressaram à origem.
Na quinta-feira fui
até à Livraria Pó dos Livros que irá fechar portas no próximo dia 31.
Mais uma livraria que
se perde.
Num daqueles
imprevistos do quotidiano, encontrei O
Sono da Morte de Dick reeditado pela Editora ASA em 2002, enquanto a 1ª
edição da Ática é de 1958.
Desconhecia que
Haskins morrera na véspera mas resolvi comprá-lo como registo do último livro
comprado na Pó dos Livros.
Será capa na próxima
quarta-feira, que é dia de Olhar as Capas dos romances policiais cá da casa.
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