Repito: Mário-Henrique Leiria
gostava do Natal.
Há em Depoimentos Escritos diversas referências
ao espírito natalício, principalmente numa carta datada de 17 de Dezembro de 1961.
Na carta de 15 de
Dezembro de 1964, «quase Natal…» volta
a falar do Natal à «Menina Isabelinha»:
E sabes porque também te escrevo esta carta? Sabes sim, que tu sabes
tudo quanto penso. Pois é Natal, doce Beluska, uma época nostálgica, triste,
doce e tão dolorosa! Tenho a certeza que vocês vão ter uma linda árvore, um
belo fogo e muita ternura. Tudo isso eu desejo que tenham e terão certamente.
Para ti e para o teu John um enorme abraço natalício, de braços muito abertos
de forma a envolver os dois, com a Ann no meio….
Será possível que dês, por mim, um beijo muito leve à vossa Ann?
Diz-lhe que um velho amigo distante mas sempre presente como um fantasma
benéfico, um duro couro chamado Mário, está cheio de ternura por ela e que, um
dia destes, lhe vai mandar um retrato como paga daquele muito bonito que ela
mandou.
Antes deste pormenor
natalício, a carta tem divagações sobre os dias difíceis que Mário continua a
passar em S.Paulo.
A essas divagações,
voltaremos na próxima semana.
Mário-Henrique Leiria
em Depoimentos Escritos
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