MFA: Motor da Revolução Portuguesa
1º Volume
Coordenação:
Serafim Ferreira
Capa: Dorindo
Carvalho
Diabril Editora, Lisboa, Julho de 1975
Não há nenhuma revolução que se faça (sobretudo) com boas intenções. Mas a Revolução Portuguesa, nos seus propósitos iniciais de derrubar a ditadura fascista, sem sangue e sem tiros, parece querer fugir à regra. E, sendo assim uma excepção, poderá talvez correr o risco de se desvirtuar no que de essencial deve ser atingido, ou seja, abrir realmente caminho para a instauração em Portugal de uma sociedade democrática rumo ao socialismo. Se é ambicioso este projecto político, se as linhas da política definida pelo MFA apontam na verdade para uma sociedade socialista, não há dúvida de que a Revolução Portuguesa não pode fazer-se com improvisos, com sobressaltos, com ramalhetes de cravos: uma revolução triunfa sempre quando, ao modificar certas coisas, quer de facto que tudo se modifique e não apenas que tudo fique na mesma. Uma revolução triunfa sempre quando se mostra inteiramente capaz de levar até às últimas consequências o Programa com que iniciou o processo de derrubar pelas armas uma ditadura ou um regime antidemocrático.
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