quinta-feira, 7 de julho de 2011

COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA


O sonho meu, como o de tanta gente, era que um teatro tivesse tanta gente como um Benfica-Sporting, e nem era preciso tanta. Mas estas coisas acontecem porque desde putos jogamos, à bola rua, - ainda se joga à bola nas ruas? – e criámos esse gosto.

Joaquim Benite é um homem de teatro.

Conheci-o ainda ele era um jovem repórter de “O Século”.

Como morava perto da casa dos meus pais, amiúde, acontecia apanharmos o último eléctrico para a Graça. Descíamos ao fundo da Heliodoro Salgado, subíamos a rua e entre tantas outras conversas, o teatro entrava sempre. Terá sido das primeiras pessoas a quem ouvi dizer que o teatro existia para ser representado e que entre ler uma peça e vê-la nas tábuas de um palco, há como aquela diferença entre beber um café e beber um nescafé porque o teatro tem que ter aquela vivacidade que só o actor e um palco emprestam ao texto.

Fiquei feliz lançou e alicerçou o “Grupo de Teatro de Campolide” ali, entre o Restaurante “Valenciana” e a “Pastelaria A Pastorinha” ícones do bairro de Campolide.

Mais velho que o mundo: quem gosta verdadeiramente do que faz , tarde ou cedo alcança o sonho.

O sonho hoje chama-se “Companhia do Teatro de Almada”.

De 4 a 18 de Julho realiza-se o 28º Festival de Almada, que se encontra entre os melhores festivais que se realizam pelo mundo.

Mais informações aqui

“Não sei se Joaquim Benite foi um jornalista que se transformou em encenador, ou se foi um homem de teatro que andou escondido, demasiado tempo, no lado quase invisível das notícias que escreveu para os jornais e revistas onde trabalhou.
Mas isso não é o mais importante, pelo menos se pensarmos que Almada conhece muito melhor o homem do teatro - cujo contributo artístico, como encenador e director da Companhia de Teatro de Almada, tem sido fundamental para o desenvolvimento da Arte de Talma na nossa cidade -, que o homem dos jornais.”

Luís Eme em O Casario do Ginjal”

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