Na cidade grande já não se coze o pão em fornos de lenha como na minha infância.
As camionetas, pela tarde, a descarregarem as ramadas de pinheiro. O cheiro a pinheiro queimado que se sentia junto às padarias.
Nos tempos da infância ir à padaria comprar pão era um pedaço de pequena festa.
Em casa dos meus pais, comia-se pão escuro. O pão era pesado e, para completar o peso, havia a necessidade de juntar um pequeno pedaço. Esse pedaço de pão era comido a caminho de casa, e ainda hoje sinto esse gosto, o gosto de um antigamente com um qualquer floco de melancolia.
Das antigas padarias da cidade, também de alguma pequena indústria, como fábricas de telhas e tijolos, ficaram algumas chaminés. Umas estão em estado de alguma ruína, outras foram reconstituídas.
Estas chaminés fazem parte das muitas “pancadas” que transporto.
Irei por aqui colocar algumas.
Começo pela chaminé da antiga padaria da Tutoria, ali na Travessa do Olival, ao Beato, devidamente conservada.
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