Um velho disco da casa: uma caixa com os seis quartetos de Cordas “Opus 18” de Beethoven.
Beethoven, como já sabem, era o compositor favorito do meu pai, o primeiro entre os primeiros.
Achava estes quartetos deliciosos e lamentava que Haydn não os tivesse apreciado convenientemente, ao ponto de não lhe ter encontrado qualquer originalidade e de os considerar uma mistura do estilo de Beethoven com o de Mozart.
Perfeito disparate, dizia então, o meu pai.
O disparate vinha não por conseguir distinguir a mistura de que Haydn falava, mas pela simples razão de que, quem falava mal de Beethoven, estava feito, não tinha qualquer hipótese de salvação.
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