1.
Um dia depois de a ministra Assunção Cristas ter assinado um despacho a dispensar os seus funcionários do uso de gravata, todo o seu staff se apresentou sem a dita.
O objectivo é poupar energia, sem gastar nada.
Segundo a ministra Assunção Cristas, há estudos que mostram que prescindir da gravata permite descer em 2º C a temperatura do ar condicionado.
A dispensa da gravata é facultativa, ninguém é obrigado a prescindir dela, mas, diz a ministra, para Bruxelas vai-se de gravata.
2.
Os dois últimos parágrafos da crónica de Manuel António Pina no “Jornal de Notícias” de hoje:
“E é, a vários títulos - confirmou-o o ministro -, não um imposto extraordinário, mas um extraordinário imposto, com o qual o Governo, só por "prudência", irá cobrar 1025 milhões a portugueses escolhidos a dedo. E quem são os felizes contemplados? Quem trabalha (75% desses 1025 milhões virão de salários) e quem já trabalhou (reformados e pensionistas, que pagarão o resto da factura, com excepção de uns trocos de senhorios e de quem tiver a infeliz ideia de vender alguma casa ou terreno em 2011).
Já os portugueses que têm dinheiro a trabalhar por eles nos bancos ou nas empresas podem ficar descansados: a consigna é "trabalhadores e reformados que paguem a crise, que já estão habituados". O Governo só não irá ao bolso de quem vive com os 485 euros por mês do salário mínimo. Também por "prudência": provavelmente não encontraria lá um cêntimo, só cotão.”
3.
De acordo com uma sondagem feita pela Aximage para o “Jornal de Negócios”, 45,6% dos portugueses inquiridos reage positivamente à pergunta "pagar custa a todos, mas diga-me com sinceridade o que acha desta decisão do governo", considerando-a uma boa ideia e, 9,7% admite que é "assim-assim".
A medida do governo não agrada a 41% dos portugueses inquiridos.
Eu continuo a não acreditar em sondagens, sejam elas quais forem!
Sem comentários:
Enviar um comentário