No dia 11 de Julho de 1975 o Partido Socialista abandona o IV Governo Provisório.
Após reunião, o Conselho da Revolução emitiu um comunicado onde se poderia ler:
“Na sua reunião extraordinária de 12 de Julho, o Conselho da Revolução debruçou-se sobre o problema da crise governamental criada pela retirada do Governo por parte de elementos representantes do Partido Socialista, lamentando que tal atitude, considerada negativa em relação à margem da revolução socialista que se vive no País, abra ainda maior campo de manobra para o desenvolvimento de acções contra-revolucionárias, sabendo-se que os inimigos da transformação da sociedade portuguesa espreitam ansiosamente a criação de divisionismos entre os partidos políticos, o povo e o M.F.A, para levarem a cabo os seus funestos intentos.”
De um editorial do “L’Humanité”:
“Hoje, em Portugal é-se pró ou contra a revolução não se pode fingir ser pró sendo, ao mesmo tempo, contra, sob o risco de ver um dia as suas conquistas esmagadas e os seus filhos devorados pela contra-revolução.”
José Saramago escrevia, no “Diário de Notícias” de 12 de Julho, um Apontamento intitulado “As Cartas na Mesa”:
“Quando o M.F.A. falava de socialismo e o P.S. de socialismo falava, já havia quem então soubesse que não se tratava do mesmo. Para aqueles que não sabiam fazer a distinção, o menor perigo ainda seria votar na palavra. Foi o que se fez – com os resultados que estão à vista.”
Ainda no “Diário de Notícias”, de 12 de Julho.
Mário Soares, em conferência de imprensa, perguntava:
Título de “O Século” de 14 de Julho de 1975:
Ainda Mário Soares:
“O Partido Socialista é um partido com a vocação de governar, e talvez o deva fazer na medida em que tem atrás de si a maioria do povo português.”
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