quarta-feira, 10 de agosto de 2011

EM DEMANDA DE CARACÓIS


É efémero, enquanto petisco, o tempo do caracol.

Não morro de amores pelos ditos, sou mais tordos fritos, pico uns quantos para fazer companhia a amigos, dois dedos de conversa, uns fininhos.

Sei dos amigos que aguardam, ansiosamente, a chegada desse tempo, e, nos escassos meses que dura, percorrem tascos e baiucas, em busca do caracol perfeito.

A esses amigos deixo aqui uma sugestão que encontrei no “Expresso”.

O aconselhador, não apanhei o nome do autor, peço desculpa, diz que os caracóis da Casa do Benfica de Reguengos merecem uma visita. Assim:

“Os caracóis da Casa do Benfica de Reguengos, bem como as bifanas em molho de bife com pão alentejano.”

Por aqui, cada vez que se fala em caracóis, salta comovente chapelada ao Helder Pinho que, a propósito de tudo e de nada, recitava esta frase do Luiz Pacheco, retirada do lindíssimo “Os Namorados”:

“Caracóis, sabeis, é comida de sustância, peitoral, faz (dizem) tesão.”

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