“Os primeiros quilómetros da estrada são os de purr diversão ciclística, com o piso duro mas regular, em single treck ou no resto do estradão, com sucessivas curvas e contracurvas. Por vezes há profundas valas na estrada, abertas pela água, o que obriga a travagens de emergência ou saltos arriscados – isto para o Erick e o Calvin, pois o Nino nada arriscava e eu apenas o mínimo, apesar da vontade…
Segue-se um percurso cada vez mais acidentado, de pedra em pedra, pelo vale que se vai fechando. Diz o Erick que há poucas décadas todas estas encostas estavam nevadas boa parte do ano e que agora raramente se vê um fio de neve… as alterações climáticas chegam a todo o lado…
Vinte e oito quilómetros de descida e damos uma pausa ao corpo, às máquinas e ingerimos uma breve refeição junto a umas ruínas. A seguir há que subir uns três quilómetros, rolar mais uns três ou quatro na estrada de asfalto e entrar na “verdadeira” estrada da morte, aquela em que a vegetação é densa, as ravinas infindas, o tempo imprevisível e o piso provavelmente molhado.
Com o nevoeiro por companhia, as ravinas mortais pareciam bosques aprazíveis”
Texto e imagens de Idílio Freire
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