“O deserto de Dali impressiona mais pelas caricatas rochas “plantadas” na suave paisagem de areia, do que pela dimensão. Dizem os “guias” que aquelas singulares rochas isoladas, que parecem ter brotado do deserto, como cactos, terão sido “cuspidas” pelo vulcão vizinho. Seja como for, é uma visão surreal, o conjunto de monólitos gigantes que salpicam o deserto arenoso, como se tivessem sido ali colocados cuidadosamente.
Primeiro avista-se o Licancabur, nos seus 5916 metros, depois a extensa laguna blanca e a cordilheira que a rodeia, finalmente, no sopé do Licancabur, surge a famosa laguna verde, menos verde do que a recordo. Parece que a cor verde lhe advém não apenas da composição química das águas mas também da exposição simultânea ao vento e ao sol. Quanto ao sol, não sei se será constante, mas vento seguramente não lhe faltará, como atestam as pequenas ondas e a espuma branca que esvoaça em grandes flocos de algodão.”
Texto e imagem de Idílio Freire
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